A Lista da Minha Vida | Crítica: Drama busca reforçar o fator de não substituir sonhos por conta das adversidades da vida
E está disponível na Netflix o drama A Lista da Minha Vida (The Life List, 2025), produção dirigida por Adam Brooks (Três Vezes Amor), baseada na obra de Lori Nelson Spielman, o livro A Lista de Brett. O longa é estrelado por Sofia Carson e Kyle Allen, além de termos Connie Britton.
A trama gira em torno de Alex (Carson), que é uma jovem bem sucedida, trabalha na empresa da mãe (Britton), tem um namorado, um apartamento, tudo muito tranquilo, até que sua mãe falece e sua vida vira de cabeça para baixo. Precisando lidar com uma lista que escreveu quando adolescente para ter acesso a sua herança, Alex caminha por desafios para voltar a se conectar a uma versão mais leve de si.
ATENÇÃO!
O conteúdo abaixo contém spoilers…
O início do longa é bem divertido, o reencontro da família e tudo envolvendo Finn (Michael Rowland) deixa as coisas mais leves, mas quando o drama começa, o coração da gente dá aquela apertada, principalmente pela forma como Britton entrega o câncer de sua personagem.
Alex se vê em luto e com o testamento da mãe, precisa aprender a lidar com frustações e mensagens codificadas dela, para que ela volte a sonhar e ter amor nas coisas que faz, se conecte com a versão dela adolescente para viver feliz. A lista que ela encontra da filha é o ponto chave para a mudança, e as cobranças, já que ela tem 1 ano para fazer tudo da sua lista, de uma tatuagem, até encontrar o amor verdadeiro.
Em suas pouco mais de 2 horas, o filme nos leva no cotidiano de Alex e sua conexão com Brad (Allen), o advogado e leitor do testamento, até os encontros com o que vem a ser seu novo namorado, Garrett (Sebastian De Souza). Temos até a descoberta de seu pai real e como lidar com aquela figura do pai (José Zúñiga) que a criou e que precisa se entender melhor com ele.
O caminhar do filme é leve, senti que poderiam aprofundar mais na forma que ela se conecta com Ezra (Lucas Padovan), mas ele trabalha muito bem a conexão dela com suas amigas, e principalmente com os irmãos Lucas (Dario Ladani Sanchez) e Julian (Federico Rodriguez).
A Lista da Minha Vida reforça o lado lúdico da nossa versão adolescente, os sonhos que temos nessa fase, as brincadeiras, e como acabamos deixando isso ficar para trás e vamos nos moldando e ficando mais duros com a realidade. Elizabeth não queria isso para sua filha, e faz esse jogo para ela voltar a se amar.
No fim Alex precisa resolver a questão de seu amor verdeiro e de frente com uma perda, ela faz 4 perguntas a si mesma para entender o porque precisa ficar com esse amor, e riscar o último item de sua lista:
- Você pode contar a ele tudo o que está no seu coração?
- Essa pessoa é gentil?
- Ela te ajuda a ser uma versão melhor de si mesma?
- Você imagina essa pessoa sendo pai do seu filho?
A Lista da Minha Vida tem todos os clichês de um romance, e entrega eles muito bem, principalmente pelo fator da química entre Carson e Allen, além de entregar uma história que nos conecta facilmente com seus personagens e dosa muito bem o romance entre o seu drama e sua comédia.
Minha Nota: