quinta-feira, janeiro 16, 2025
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Superpunk | Resenha: Aventura mostra amigos enfrentando monstros reais e imaginários com muita música

E finalmente consegui parar para ler Superpunk, quadrinho do selo Original Pipoca & Nanquim, desenhado por Guilherme Petreca e com roteiro dele e de Mirtes Santana. Focado em uma adolescente com poderes que enfrenta monstros, além de lidar com os próprios, ler essa edição foi bem nostálgica para mim.

Nada mais irado do que acompanhar as manobras de Violeta em seu skate, escutando os punk no walkman que foi de seu avô… Acontece que a partir do play, nada será como antes. Ao lado de Alan, e da misteriosa Gigi, Violeta está pronta para lidar com os monstros da adolescência e alguns outros.

É legal acompanhar a trajetória de Violeta, a construção de sua infância, o início das amizades, os problemas na escola, e tudo embalado por Bad Brains, Ratos de Porão, Bikini Kill e muito mais. A música está presente a todo momento na HQ, o que é interessante de acompanhar, e ainda ajuda terem disponibilizado a playlist em plataforma de streaming.

As sacadas dos dois autores em brincadeiras, como a transformação de Violeta, realmente me fizeram rir, e uma coisa que me pegou na história, foi a contextualização da escola deles. Morei em Guarulhos no início dos anos 1990 e ver as escadas, o pátio, os muros pichados, tudo isso me trouxe boas lembranças, muitas até que já tinham sido esquecidas.

Nada mais icônico de uma escola estadual do que os desenhos da Turma da Mônica nos muros…

superpunk
Crédito: Pipoca & Nanquim / Guilherme Petreca / Mirtes Santana

O monstro do autoritarismo e a forma como o quadrinho dialoga com a gente sobre a questão disso ir se entranhando nas pessoas, nos coloca em um ponto bem interessante de questionamento. O legal é que ainda temos um diálogo sobre não ser contra algumas coisas dentro do excesso de disciplina, e sim como isso ser forçado é errado. Cada um tem o direito de escolher o caminho a seguir, sem forçar a barra para o próximo com suas escolhas.

Superpunk é colorido, com o traço fofo e impecável de Petreca, é alto-astral e a única coisa que queremos ao terminar de ler e entender a amizade de Violeta, Alan e Gigi, é mais um volume, ou vários volumes, dessa aventura em um skate, com uma banda de amigos e muita música.

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Confira o som de Superpunk: