Parasyte: The Grey | Crítica – 1ª Temporada: Série expande universo de Hitoshi Iwaaki e surpreende
E está disponível na Netflix os 6 episódios da temporada de Parasyte: The Grey, a série expande o universo do autor Hitoshi Iwaaki, que lançou entre os anos de 1988 e 1989 o mangá Parasyte, mostrando as desventuras de um jovem que tem a mão “comida” por um parasita.
Como disse, expandindo o universo de Iwaaki, o diretor e co-roteirista Yeon Sang-ho mostra a trama dos parasitas que chegaram à Terra na Coréia do Sul e logo de início vemos a cena deles invadindo o corpo de um jovem e o mesmo sendo controlado e tacando o terror em um festival de música eletrônica. O show começa bem, mostra então os dois protagonistas, o jovem delinquente Seol Kang-woo (Koo Kyu-hwan) e a caixa de supermercado Jeong Su-in (Jeon So-nee), em suas vidas cotidianas.
ATENÇÃO!
O conteúdo abaixo contém spoilers …
O primeiro episódio consegue nos prender na trama e apresentar os conceitos dos parasitas e como eles entram no corpo para trocar o cérebro humano pelo deles e assim terem uma vida em meio aos humanos, mas podendo trocar a forma de suas cabeças e se alimentar de carne, além disso, eles tem superforça. Su-in é quem acaba sendo consumida por um parasita, que se denomina Heide, mas parcialmente, tendo só um pedaço de seu cérebro consumido, pois o parasita precisa salvar sua vida para também sobreviver.
Ao longo dos seis episódios de Parasyte: The Grey o universo baseado na Coréia do Sul vai se expandindo, vamos aprendendo que diferente do Japão, as coisas ali foram mais escancaradas e logo uma força tarefa, a The Grey, foi criada para conter a invasão, e eles já tem tudo sob controle na pele de Choi Jun-kyung (Lee Jung-hyun), que teve um encontro bem complicado com um parasita, no caso no corpo de seu marido, que vira um radar de parasitas, ou um Cão de Caça.
Tudo o que rola a partir deste ponto é uma investigação complicada, com boas reviravoltas e as tramas se amarrando, com uma briga de cão e gato, e também gato e rato, onde ninguém sai ganhando nada, e todos desconfiam um dos outros. Su-in acaba caindo de paraquedas e é bonita a forma como ela e Heide acabam se conectando e entendendo as dores de ser rejeitada e querer se conectar a qualquer custo, mesmo eles sendo tratados como monstros.
A evolução, as mortes, e até a comédia, tudo é bem dosado e dentro do contexto. As escolhas dos parasitas rodearem Su-in e Kang-woo acaba sendo ótimo, pois um parasita pega a figura paterna dela, enquanto o outro mata as irmãs dele, e até o paralelo dele ser um “parasita” na vida acaba sendo bem encaixado.
Parasyte: The Grey evolui bem para um dos parasitas cobiçando cargos maiores na organização humana, e o melhor é ver um humano se conectando a ele e querendo isso, usar da entidade de outro planeta para conseguir subir na vida. Nem tudo é flores, e é claro que é ótimo ver isso acontecer.
No fim a série consegue desenhar bem os seus dilemas, apresentar os seus conceitos, e desenvolver seus personagens, nos fazendo querer entender mais para onde a trama pode ir, e é claro que tudo é bem-vindo, já que a adaptação é muito bem feita, tem os tons de Kdramas que se encaixam bem, e assim nos envolve em todos os seus episódios, dosando as indas e vindas dos flashbacks para apresentar tudo.
Os parasitas estão entre nós em teaser de Parasyte: The Grey
Eu sou, Shinishi Izumi… E assim o personagem da obra original sai do Japão e vai para a Coréia do Sul dar uma ajuda a Jun-kyung.
Parasyte: The Grey no fim entrega uma boa adaptação e no fim de sua jornada promete uma expansão ainda maior para a obra de Iwaaki, e nos deixa ansioso para mais episódios.