Diva à Deriva | Crítica: Com leveza série mostra que humildade e determinação podem levar as pessoas longe, mesmo em momentos de dor
Com 12 episódios, a Netflix já tem completa em seu catálogo a série coreana Diva à Deriva (Muindoui diba) que estreou em outubro e encerrou sua jornada em dezembro. Aqui pudemos acompanhar mais essa série de Park Eun-bin, nossa queridinha de Uma Advogada Extraordinária, que dessa vez sonha em ser cantora na pele de Seo Mok-ha.
O roteiro da série é de Park Hye-ryun e a direção é de Oh Chung-hwan, os dois trabalharam juntos em uma série que acompanhei chamada Apostando Alto, que também está disponível na Netflix, e em ambas temos uma mulher determinada a alcançar o seu destino, e que no caminho passam por bastante perrengue. Só que em ambas, o final me pareceu muito corrido…
ATENÇÃO!
O conteúdo abaixo contém spoilers…
Diva à Deriva tem seu início rápido e como diz o nome, à deriva, afinal, Mok-ha sonha em ser cantora e seguir os passos de sua maior ídolo, a incrível Yoon Ran-joo (Kim Hyo-jin), mas em seu caminho tem um pai controlador e abusivo, e tudo acaba com ela caindo no mar junto dele, e ela indo parar em uma ilha deserta. Seu pai acaba morrendo e ela fica sozinha naquele lugar por 15 anos…
Então temos Jung Ki-ho (Chae Jong-hyeop), que também sofre com um pai abusivo, que faz sua mãe e seu irmão irem para longe e ele sofre ali sozinho, mas que junta seu sonho com o de Mok-ha, o que torna as coisas mais fáceis. Até o dia que ele apanha feio por tentar fugir com sua amiga, e depois descobrir que ela desapareceu no mar.
O desenrolar desse ponto de 15 anos antes, acaba com ele a encontrando, mas a vida de ambos está muito diferente. A forma que Diva à Deriva conduz os episódios iniciais colocando Mok-ha e Ran-joo frente a frente depois da garota sumir logo quando ganhou um concurso, e toda a história de vida que percorreu até esse encontro, é muito legal, e a rivalidade criada entre Mok-ha e Eun Mo-rae (Bae Gang-hee), a cantora que ficou em seu lugar no concurso, é interessante e tem um ótimo desenvolvimento nos momentos finais.
Agora, o drama familiar de Ki-ho ao lado de seu irmão Jung Chae-ho (Cha Hak-yeon), sua mãe Yang Jae-kyung (Seo Jeong-yeon) e seu padrasto Lee Uk (Lee Joong-ok), acaba ganhando muito destaque pela forma que a série mostra o abuso e como eles acabam fugindo e criando uma nova família, mais feliz, mas com o passado sombrio percorrendo cada instante deles.
Com o retorno de Mok-ha, Ki-ho sabe que estará em risco e é nesse momento que temos de volta o seu pai abusivo, Jung Bong-wan (Lee Seung-joon), e a série fica mais sombria sempre que ele é o foco no episódio, trazendo muita dor para a família e para todos ao seu redor.
Diva à Deriva sabe mesclar esses momentos pesados, colocando muita leveza, principalmente quando temos os encontros de Mok-ha e Ran-joo, e como o mundo da música é complicado. Tudo é explicado, do auge da carreira de Ran-joo até seu declínio, e o início da carreira de Mok-ha, e como o sucesso não vem rápido, mas com o desenvolvimento da amizade e do autoconhecimento delas.
Como eu disse lá em cima, o que me deixou mais chateado é a correria dos momentos finais, encerrando a trama de forma apressada, sendo que durante o desenvolvimento dos outros episódios, tivemos momentos mais contemplativos, que poderiam ter sido reduzidos e assim aumentar o desenvolvimento dos momentos finais.
Ainda assim, Diva à Deriva reforça o carisma de Park Eun-bin e ainda traz uma série de canções deliciosas para acompanhar.
Diva à Deriva tem seus 12 episódios disponíveis na Netflix.