Esquadrão Secreto Gorenger | Resenha: Um passeio interessante ao início dos sentai japoneses

Antes de armas de destruição de monstros e robôs gigantes, Esquadrão Secreto Gorenger trouxe a inspiração para 5 pessoas se unirem para salvar o mundo em investigações secretas, e tudo na mente de Shotaro ISHInoMORI.

Este volume único contendo as duas versões do mangá clássico do autor, iniciado em 1975, é sensacional, e do papel escolhido até o formato, é um grande acerto da NewPOP Editora.

Gorenger são os primeiros de sua linhagem, começou simples, com investigações para evitar que uma organização criminosa, o Exército da Cruz Negra, continuasse a roubar sistemas de inteligência e ideias de países para revender aos inimigos. Neste volume da NewPOP temos as duas edições que ISHInoMORi escreveu, tanto para a revista Weekly Shounen Sunday, quanto para a Shougaku Gonensei Magazine.

A trama é super simples, tem uma leitura tranquila, tanto que suas mais de 300 páginas simplesmente voam em nossas mãos. O herói mais desenvolvido é o principal, o renger vermelho, enquanto os outros vão aparecendo aos poucos e dando mais nuances a equipe.

Com foco em investigações e espionagem, a série consolida os inimigos base da Cruz Negra, e também os vilões de cabeça, mas nunca conhecemos quem comanda a operação geral. Vemos a formação da EGL, o grupo que cria os Gorenger para proteger os países, e é engraçado como ISHInoMORI muda bem a forma de apresentação deles nas duas edições.

Esquadrão Secreto Gorenger só peca mesmo por não trabalhar muito os personagens secundários da equipe, dando apenas nuances para nós entendermos o espírito deles, mas fora isso, é instigante e interessante vermos a origem de um fenômeno que virou mundial.

No final ISHInoMORI criou a base para muitas séries, e os sentai derivados de Gorenger é apena um de tantos projetos, como Kamen Rider, entre outros, e conhecer mais deste mangá clássico é sensacional.